Noticia

Grave acidente de ÔNIBUS deixa várias vítimas, entre elas estava a…. Ver mais

O que era para ser apenas mais uma manhã comum de terça-feira transformou-se em um cenário de caos, pânico e desespero. A cidade do Rio de Janeiro amanheceu sob o impacto de uma tragédia que poderia ter custado ainda mais caro em vidas humanas. Um ônibus da linha 880, que fazia o trajeto entre Rio das Pedras e a Barra da Tijuca, perdeu o controle e despencou dentro de um canal, nas proximidades do SESC, por volta das 8h30 da manhã do dia 17 de junho.

O que exatamente aconteceu naquele curto, mas decisivo trecho da curva ainda está cercado de dúvidas. Porém, uma coisa é certa: a segurança viária no Rio de Janeiro precisa urgentemente sair do discurso e virar prática.

O momento do impacto

Testemunhas que estavam nas redondezas relatam que ouviram um barulho seco, seguido de gritos e o som da estrutura metálica do coletivo cedendo.

“Foi como se o chão tivesse engolido o ônibus”, disse uma moradora da região, ainda em estado de choque. O motorista, ao tentar contornar uma curva acentuada, teria perdido o controle da direção — há indícios de uma possível falha no sistema de direção do veículo.

O ônibus caiu com violência dentro do canal, ficando parcialmente submerso.

A cena, segundo os primeiros vídeos que circularam nas redes sociais, era de filme de desastre: passageiros ensanguentados, gritando por ajuda, enquanto tentavam escapar pelas janelas ou pelas aberturas de emergência.

Desespero entre os passageiros

Dentro do veículo, o caos foi instantâneo.

Pessoas caíram umas sobre as outras. Os gritos ecoavam, misturados ao som de vidros quebrando e objetos sendo arremessados. O instinto de sobrevivência falou mais alto: passageiros começaram a se ajudar mutuamente, puxando os feridos para fora e tentando organizar uma saída segura, mesmo sem a presença das equipes de resgate naquele momento inicial.

“Eu pensei que fosse morrer ali. O ônibus virou e todo mundo começou a gritar. Tinha água entrando, gente desmaiada… foi horrível”, contou uma das passageiras, atendida posteriormente no Hospital Lourenço Jorge.

Balanço de vítimas e atendimento emergencial

O Corpo de Bombeiros atualizou os números oficiais no início da tarde:

33 vítimas no total, sendo cinco em estado grave. Anteriormente, havia sido divulgada a estimativa de 46 feridos, incluindo seis em condição crítica. A correção dos dados veio após o término dos atendimentos iniciais e triagens nos hospitais.

As vítimas foram distribuídas entre cinco hospitais da rede pública da capital, incluindo o Hospital Municipal Miguel Couto e o Hospital Municipal Lourenço Jorge, ambos referência em trauma.

O trabalho das equipes de socorro foi ágil, mas o cenário encontrado exigia esforço redobrado. A via precisou ser completamente isolada para os trabalhos de resgate, remoção do veículo e início das investigações.

Investigação e mistérios a esclarecer

A Delegacia da Taquara está à frente da apuração.

O coletivo foi recolhido para perícia, e uma das hipóteses levantadas é a falha mecânica no sistema de direção — mais especificamente no volante — o que teria impedido o motorista de completar a curva com segurança.

Além disso, técnicos especializados em transporte público estão sendo mobilizados para avaliar a manutenção do veículo, que pertencia a uma empresa já anteriormente citada por problemas na frota.

Outro ponto que será investigado é se havia excesso de passageiros ou qualquer outro fator que tenha contribuído para o agravamento da situação.

Reflexão urgente sobre segurança viária

Este acidente reacende um debate que nunca deveria ter sido deixado de lado: a precariedade do transporte público e o risco diário ao qual milhares de passageiros estão submetidos nas ruas do Rio de Janeiro.

Falhas mecânicas, trechos perigosos, motoristas sobrecarregados e falta de manutenção são uma combinação perigosa — e muitas vezes letal.

As imagens do tombamento, divulgadas amplamente nas redes sociais, chocaram o país. Mas a pergunta que fica no ar, ecoando entre os escombros do coletivo, é:

até quando vidas continuarão sendo colocadas em risco em nome da negligência?

E agora?

Enquanto a cidade tenta digerir mais essa tragédia, familiares acompanham os feridos nos hospitais e esperam por respostas. O cenário no local já foi limpo, o ônibus removido, o tráfego liberado.

Mas as marcas do acidente ainda estão presentes — não apenas no asfalto, mas na memória de quem viveu o pior dentro de um transporte que deveria ser sinônimo de segurança e confiança.

Se há algo que esse episódio precisa nos ensinar, é que não se trata apenas de um acidente isolado. É um alerta — urgente, estridente e impossível de ignorar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *