A Polícia Civil de São Paulo investiga as circunstâncias envolvendo a morte do empresário Adalberto Amarilio Junior, cujo corpo foi encontrado em uma área de obras localizada dentro do Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. As investigações seguem em ritmo intenso, e uma das principais hipóteses consideradas é a de que Adalberto tenha sido morto após sofrer um golpe conhecido como “mata-leão”, possivelmente durante um confronto com um segurança que trabalhava no evento do qual ele participou no dia 30 de maio.
O empresário foi visto pela última vez na noite desse mesmo dia. De acordo com informações apuradas pela polícia, ele se despediu de um amigo próximo, identificado como Rafael, e chegou a enviar uma mensagem para a esposa, informando que já estava indo para casa, onde pretendia jantar. A partir desse momento, no entanto, ele desapareceu sem deixar rastros, o que gerou uma série de dúvidas sobre os acontecimentos subsequentes.
Há indícios de que Adalberto tenha se envolvido em uma briga ou desentendimento enquanto caminhava em direção ao seu carro, que estava estacionado na área do Kartódromo de Interlagos. Testemunhas ouvidas até agora sugerem que esse possível conflito pode ter ocorrido com um dos cerca de cem seguranças contratados para o evento.
A Polícia Civil já tomou depoimentos de alguns desses profissionais e pretende ouvir outros envolvidos, inclusive o amigo Rafael, que pode fornecer informações cruciais sobre os últimos momentos em que esteve com a vítima.
As circunstâncias exatas do confronto ainda não foram totalmente esclarecidas, mas essa linha de investigação é considerada prioritária pelos investigadores, que buscam identificar possíveis responsáveis e entender a motivação do crime.
Além da suspeita de agressão física, outra possibilidade considerada pelos investigadores é que Adalberto tenha sido vítima do golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”, no qual a vítima é dopada com substâncias sedativas para facilitar roubos ou agressões. A hipótese surgiu após a descoberta de marcas de sangue em pelo menos quatro pontos dentro do veículo do empresário.
Esse detalhe reforça a tese de que algo violento ocorreu dentro do carro, antes mesmo de o corpo ser retirado do local.
O cadáver de Adalberto foi encontrado dias depois, em uma obra situada dentro do autódromo, em um buraco com cerca de três metros de profundidade.
O local é de acesso restrito e cercado por tapumes, o que leva a crer que quem deixou o corpo ali tinha amplo conhecimento da área, o que também está sendo investigado.
A Polícia Civil segue reunindo provas, analisando imagens de segurança e coletando novos depoimentos para elucidar o caso. A morte do empresário, envolta em mistério e marcada por sinais de violência, mobiliza as autoridades e chama atenção pela brutalidade e pelas muitas perguntas ainda sem resposta.
