Tristeza e dor: Morre o querido engenheiro Nercival Soares após fazer… Ler mais

A morte sempre chega de forma avassaladora, especialmente quando interrompe de maneira repentina a trajetória de alguém jovem, cheio de planos e cercado por pessoas que o amavam. Foi o que aconteceu com o engenheiro ambiental Nercival Soares, de 31 anos, conhecido carinhosamente como Neto, cuja partida inesperada durante um passeio em Abadiânia, Goiás, deixou familiares e amigos mergulhados em profunda tristeza.
Mais do que a notícia de uma perda, o caso chama atenção pela forma como Neto passou seus últimos momentos: celebrando a vida, espalhando amor e reforçando, até o fim, a importância de aproveitar cada instante.
Segundo relatos de amigos próximos, o fim de semana que deveria ser apenas mais um encontro de confraternização tornou-se um episódio marcante para todos os presentes.
Neto, que sempre foi descrito como alegre e agregador, demonstrava um entusiasmo incomum. Na madrugada do dia 30 de agosto, por volta das 4h30, ele insistia para que ninguém fosse dormir. O objetivo era simples, mas simbólico: assistir ao nascer do sol em grupo. “Ele repetia: ‘Vamos viver o hoje, o momento é o hoje’.
Parecia que queria estender o tempo, aproveitar cada minuto como se fosse único”, contou a amiga Thaynara Andrade, ainda emocionada.
As horas que antecederam sua morte foram marcadas por gestos de carinho e frases que hoje soam como despedida. Amigos relatam que Neto, mais do que nunca, expressava gratidão e amor a todos que o cercavam.
João Cleber, amigo de infância, afirmou que havia algo diferente em seu comportamento: “Ele sempre foi amoroso, mas nesse fim de semana estava ainda mais. Repetia ‘obrigado por tudo’ a todo momento”. Para quem convivia com ele, essa demonstração de afeto intensa foi um presente inesperado, um último registro de sua essência vibrante.
A esposa de João, Charlene Ribeiro, que espera o primeiro filho do casal, relembrou com lágrimas nos olhos o entusiasmo de Neto em assumir o papel de “tio” do bebê. “Ele ficou muito feliz quando soube da gestação. Já fazia planos para estar presente, para brincar e ensinar. É doloroso pensar que meu filho vai crescer ouvindo histórias sobre ele, e não ao lado dele”, disse.
A lembrança reforça o quanto o engenheiro fazia parte da vida de quem o cercava, não apenas como amigo, mas como integrante ativo das famílias que o acolheram.
O passeio, no entanto, tomou um rumo trágico. Na manhã de sábado, Neto se divertia no lago com os amigos quando começou a passar mal.
Poucos minutos depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória. O socorro foi imediato: ele foi levado às pressas ao hospital da cidade, onde a equipe médica tentou reanimá-lo. Apesar dos esforços, o engenheiro não resistiu. A notícia se espalhou rapidamente entre conhecidos e colegas de profissão, gerando uma comoção que tomou conta das redes sociais e mobilizou uma corrente de solidariedade à família.
Durante o velório, a mãe do jovem revelou um detalhe que trouxe nova perspectiva ao caso: exames recentes haviam identificado alterações em seu coração, o que pode indicar uma condição pré-existente. A Polícia Civil registrou a ocorrência como morte natural e aguarda os resultados de exames complementares que devem confirmar a causa exata do falecimento.
Independentemente do laudo oficial, para os familiares e amigos a sensação é de que a vida foi interrompida cedo demais, deixando em aberto sonhos e planos que jamais serão concluídos.
Entre lágrimas e recordações, uma certeza se impõe: Neto será lembrado como alguém que viveu com intensidade e amor.
Seu sorriso fácil, a energia contagiante e a forma de transformar encontros comuns em momentos inesquecíveis marcaram todos ao seu redor. Mais do que o luto, fica o legado de afeto que ele construiu em apenas três décadas de vida. No silêncio que se seguiu à sua partida, ecoa a mensagem que ele tanto repetia: viver o presente, valorizar as pessoas e celebrar cada instante.
Um ensinamento que agora se transforma em memória, inspiração e guia para aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo.