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Doença de Bolsonaro é revelada e médico diz que ele tem A…Ver mais

Na manhã desta quarta-feira (2/7), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com um quadro de esofagite intensa, após se submeter a um exame de endoscopia realizado em Brasília. A condição, que consiste em uma inflamação do esôfago, levantou questionamentos sobre seus impactos e causas. Para esclarecer o tema, o portal LeoDias conversou com o médico gastroenterologista e coloproctologista Ricardo Ratti, que também é Diretor do Hospital Saint Patrick.

Segundo o especialista, a esofagite é uma inflamação que acomete o esôfago — órgão que conecta a faringe ao estômago — e pode provocar complicações sérias quando não tratada adequadamente. “A condição é caracterizada por inflamação no esôfago, que é um órgão de transição entre a faringe (no final da boca) e o estômago. É claro que toda inflamação em nosso corpo é maléfica, mas no caso da esofagite, ela tem sintomas que podem evoluir para um quadro grave – afetando outros órgãos a depender da extensão e da falta de tratamento”, explicou Ratti.

Ao comentar especificamente sobre o caso de Bolsonaro, o médico apontou possíveis causas relacionadas ao histórico clínico do ex-presidente. Ele lembrou que a esofagite pode ser desencadeada tanto pelo consumo de alimentos ácidos quanto pelo refluxo gástrico — quando o ácido do estômago retorna ao esôfago.

Contudo, ele destacou que, no caso de Bolsonaro, outros fatores precisam ser considerados. “Como ele tem um histórico de várias cirurgias e uso de sondas, isso pode ter irritado o esôfago. Esses procedimentos atuam como agravantes para o surgimento da inflamação”, ressaltou.

Entre os principais sintomas da esofagite, o especialista citou queimação no peito, náuseas, vômitos, regurgitação e a sensação de uma “bola” que sobe e desce queimando no tórax.

Em casos mais severos, pode haver necessidade de internação para que o paciente receba tratamento adequado. “A depender da intensidade, há necessidade de internação para administração melhor do caso. Ainda é necessário pontuar que os sintomas podem aumentar em pacientes estressados ou sob pressão, um dos motivos que leva ao afastamento de atividades profissionais, para que todo o organismo se recupere”, destacou o médico.

O tratamento da esofagite exige uma combinação de cuidados médicos, mudanças alimentares e repouso. Ratti explicou que o processo terapêutico é dividido entre o uso de medicamentos e medidas gerais, como mudanças no estilo de vida.

“O tratamento se divide em medidas gerais e medicamentos, além de mudança nos hábitos alimentares e repouso. Equilíbrio das funções do organismo”, afirmou.

Por fim, o especialista recomendou uma dieta específica para pacientes diagnosticados com a condição. Segundo ele, o ideal é realizar refeições leves, em pequenas porções ao longo do dia, evitando alimentos cítricos ou muito ácidos, que aumentam a acidez estomacal e intensificam o refluxo.

“Deve ser fracionada em várias vezes ao dia e com pouca quantidade, evitando alimentos ácidos e cítricos, que causam maior sintoma de queimação e refluxo”, concluiu Ratti.

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