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URGENTE: Adolescente de 14 anos que m@tou pai e mãe acabou sendo… Ver mais

Era para ser uma visita comum. Naquela manhã abafada de terça-feira, a avó paterna do adolescente chegou à delegacia de Itaperuna com o semblante carregado de preocupação. Acompanhada do neto de 14 anos, relatou algo que parecia, à primeira vista, uma inquietação típica de avó: desde o último sábado, não conseguia contato com o filho, a nora e o neto caçula de apenas três anos.

O trio parecia ter desaparecido no ar.

O que as autoridades não imaginavam era que, por trás do silêncio daquela casa de classe média, se escondia uma cena de horror, cuidadosamente montada por alguém improvável: um garoto calmo, de aparência comum, que estudava, usava redes sociais e conversava virtualmente com uma adolescente a milhares de quilômetros dali.

O que começou como uma simples busca por desaparecidos logo se transformaria em um dos casos mais estarrecedores da história recente da cidade.


Um enredo sombrio

Ao ser ouvido pela primeira vez, o adolescente apresentou uma história que, embora trágica, parecia plausível.

Segundo ele, o irmão pequeno teria se engasgado com um pedaço de vidro. Em desespero, os pais correram com a criança em um carro de aplicativo até o hospital – e nunca mais voltaram. O adolescente ficou para trás, confuso, sem saber o que havia acontecido.

As equipes de busca logo entraram em ação, vasculhando hospitais, clínicas e qualquer pista que pudesse confirmar a versão.

Nenhum registro de entrada da família. Nenhuma pista. Nenhum sinal de que o casal e a criança tivessem saído vivos daquela casa.

Foi aí que o primeiro cheiro de verdade surgiu. E veio, literalmente, pelo ar.


O rastro da morte

Na manhã seguinte, peritos entraram na residência. Nada parecia fora do lugar à primeira vista, até que detalhes começaram a surgir como cicatrizes escondidas sob a pele: roupas com manchas de sangue parcialmente queimadas, um colchão com vestígios de violência, e, do lado de fora, um odor insuportável vindo da cisterna.

A tampa foi aberta. Dentro dela, o horror ganhou forma: estavam ali os corpos do casal e da criança.

Pressionado pelas evidências, o adolescente não hesitou. Confessou. Em tom frio, quase meticuloso, detalhou cada passo do crime.

A noite em que tudo mudou

Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143ª DP de Itaperuna, o garoto dormia no quarto dos pais naquela noite, o único cômodo com ar-condicionado. Para manter-se acordado, ingeriu um suplemento pré-treino. A arma – um revólver pertencente ao pai – estava escondida sob o colchão. E foi com ela que ele deu início à chacina.

Dois tiros na cabeça dos pais. Um no pescoço do irmão.

Ao ser questionado sobre o motivo de matar a criança, respondeu com uma frieza estarrecedora: “Foi para poupá-lo da dor de viver sem os pais.”

Depois dos disparos, espalhou um produto químico pelo chão para facilitar o arrasto dos corpos. Um a um, empurrou os corpos para dentro da cisterna. Fez isso sozinho.

Sem hesitar. Depois, continuou a vida. Fingiu. Acompanhou a avó até a delegacia. Contou sua história.


A ligação distante que pode ter aproximado o caos

Entre os elementos que ainda intrigam os investigadores está uma adolescente de 15 anos, residente no Mato Grosso, com quem o jovem mantinha uma relação virtual.

Ela já foi localizada e prestou depoimento. O conteúdo das conversas ainda é mantido sob sigilo, mas a polícia não descarta que essa interação tenha influenciado ou incentivado a decisão do garoto.

A motivação, até agora, segue envolta em mistério. Mas os sinais de frieza e possível premeditação assustam.


Um perfil assustador

De acordo com o delegado Guimarães, o adolescente respondeu a todas as perguntas com tranquilidade e convicção.

“As respostas eram rápidas. Ele parecia se afirmar o tempo todo como ‘homem’. Não chorou, não hesitou, não demonstrou arrependimento. Tinha um quê de psicopatia”, afirmou.

A arma do crime, recolhida pela avó posteriormente, foi escondida por ela por medo de que o neto se machucasse. Ela não teve qualquer participação no crime, tampouco conhecimento do ocorrido.

Agora, o adolescente aguarda definição da unidade onde cumprirá a medida socioeducativa. A Justiça já determinou sua internação.


O que resta é o silêncio

A pequena cidade de Itaperuna, acostumada à rotina pacata do interior fluminense, ainda tenta digerir o que aconteceu.

Como um jovem de 14 anos foi capaz de tamanha violência? Qual a origem dessa escuridão? E, principalmente: como não perceberam os sinais?

Por enquanto, o que resta é o silêncio de uma casa vazia e uma cisterna que guarda, para sempre, os ecos de uma tragédia incompreensível.

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