URGENTE: Homens invadem IGREJA e deixa 25 m0rt0s, p… Ver mais

O que deveria ser um domingo de fé, oração e comunhão se transformou em um dos dias mais sombrios da capital síria neste ano. Um atentado suicida brutal atingiu a Igreja Mar Elias, no bairro de Dweila, em Damasco, deixando pelo menos 25 mortos e 63 feridos. O ataque, que ocorreu em plena celebração religiosa, abalou não apenas os fiéis presentes, mas toda uma nação que já convive com as cicatrizes de anos de conflito.
Era pouco depois das 10h da manhã quando os primeiros sinais de algo estranho começaram a emergir do lado de fora da igreja. Relatos indicam que dois homens vestidos com roupas escuras tentavam se infiltrar entre os fiéis. Inicialmente confundidos com seguranças ou voluntários da paróquia, eles passaram despercebidos — até que tudo explodiu, literalmente.
“O chão tremeu.
As janelas estilhaçaram. E, em segundos, tudo virou fumaça, gritos e correria”, relatou um dos sobreviventes, que preferiu não se identificar. Segundo ele, o barulho ensurdecedor da explosão foi precedido por tiros — muitos tiros.
“Eles abriram fogo dentro da igreja. Não havia para onde correr. Pessoas se jogavam no chão, outras gritavam por ajuda.”
A agência estatal síria SANA confirmou, com base em informações do Ministério da Saúde, que os agressores invadiram o templo, dispararam contra os presentes e detonaram explosivos que levavam presos ao corpo. O ataque, segundo autoridades, foi meticulosamente planejado para atingir o maior número possível de vítimas.
Estimativas indicam que mais de cem pessoas estavam na igreja no momento da tragédia.
Uma tragédia anunciada?
Embora nenhum grupo tenha assumido oficialmente a autoria do atentado até o momento, as características da ação levantam suspeitas sobre células extremistas ainda ativas no país. O bairro de Dweila, embora considerado relativamente seguro nos últimos meses, já foi alvo de tensão no passado, principalmente por sua proximidade com áreas anteriormente dominadas por rebeldes.
O ministro do Interior da Síria, em pronunciamento à televisão estatal, afirmou que a investigação está em andamento e que imagens de câmeras de segurança podem ajudar na identificação da rota de entrada dos agressores.
“Não descansaremos até localizar todos os envolvidos direta ou indiretamente nesse massacre”, declarou, em tom firme, cercado por assessores e agentes de segurança.
O cenário pós-atentado
Do lado de fora da igreja, um misto de horror e luto. Equipes de resgate trabalharam sem parar para remover feridos e identificar corpos entre os escombros. O cheiro de pólvora ainda pairava no ar horas após as explosões.
Parentes das vítimas se aglomeravam na entrada do templo, em busca de notícias, muitas vezes interrompidas por sirenes e pedidos de silêncio.
O Papa Francisco emitiu nota lamentando o ocorrido e pedindo orações para os mortos e seus familiares. Diversos líderes religiosos da região condenaram o ataque, classificando-o como uma afronta à fé e à humanidade. “Um ataque em solo sagrado é mais do que um ato de terror.
É um crime contra a alma de um povo”, afirmou um representante da Igreja Ortodoxa em Aleppo.
Síria: um país em reconstrução que segue vulnerável
Apesar dos avanços na estabilização de algumas áreas, a Síria ainda sofre com resquícios da guerra civil iniciada em 2011.
O tecido social esgarçado, a economia devastada e a presença intermitente de grupos extremistas dificultam o pleno retorno à normalidade. O atentado de domingo, segundo analistas, representa um duro lembrete da fragilidade dessa paz.
O que vem a seguir?
Enquanto as investigações prosseguem, o medo se espalha por Damasco. Igrejas e locais públicos reforçaram a segurança.
Missas e celebrações foram temporariamente suspensas em diversas paróquias da capital. Muitos se perguntam se outros ataques estariam sendo planejados — uma inquietação que as autoridades tentam conter, mas que se alastra como sombra por entre as ruínas emocionais da tragédia.
A pergunta que paira no ar, sem resposta, é a mesma nos olhos de cada sobrevivente: