Identificada grávida de 8 meses que não resistiu após queda de moto; ela esperava uma menina

Buracos nas vias urbanas representam uma ameaça real à segurança de quem trafega de moto ou carro, especialmente em avenidas movimentadas onde a imprudência se alia à má conservação do asfalto. Em Manaus, esse cenário causou mais uma perda dolorosa.
A biomédica Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, grávida de oito meses, morreu no último domingo, dia 22 de junho, após a moto em que estava bater em um buraco na Avenida Djalma Batista.
O impacto foi tão violento que ela foi arremessada ao canteiro central, onde bateu contra uma árvore. A filha que esperava, Maria Carolina, também não resistiu. Giovana seguia como passageira na moto pilotada pelo marido, que sofreu fraturas nas pernas e foi internado.
Apesar disso, ele teve alta temporária para acompanhar o velório da esposa e da filha. O casal retornava para casa quando passou pelo trecho próximo ao Parque dos Bilhares, onde o asfalto danificado provocou o acidente.
Giovana era reconhecida por sua dedicação como biomédica na área de estética e trabalhava em uma clínica na Zona Centro-Sul de Manaus. Em seu perfil profissional nas redes sociais, a família publicou uma nota de pesar que emocionou colegas e pacientes: “Giovana partiu deixando uma marca de amor, doçura e esperança”.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas a jovem já estava sem vida. A equipe ainda tentou salvar a bebê, sem sucesso. A Prefeitura de Manaus foi questionada sobre a manutenção da via, mas até o momento não respondeu sobre providências quanto ao buraco que teria causado o acidente.
Esse caso reacende o debate sobre responsabilidade urbana e o impacto da infraestrutura precária na vida de cidadãos. Giovana e sua filha agora se tornam símbolo da urgência por vias mais seguras e manutenção eficiente.