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Essa foi a verdadeira causa da morte de Juliana a Brasileira que caiu em VULCÃO, ela n… Ver mais

No início, parecia apenas mais uma aventura entre tantas que Juliana Marins registrava em suas redes sociais. Uma trilha em direção ao majestoso Monte Rinjani, um dos destinos mais deslumbrantes — e perigosos — da Indonésia. Mas o que começou como uma escalada inspiradora terminou em desespero, silêncio e uma comoção global que só cresce.

Era sábado, 21 de junho. A queda. A trilha, íngreme e traiçoeira, levou Juliana a um ponto quase inalcançável — um vale isolado, envolto em névoa e cercado por paredes rochosas. Ela sobreviveu à queda. Estava consciente, embora ferida. O mundo só saberia disso dias depois.

O tempo, no entanto, era inimigo.

A 3.726 metros de altitude, cada hora contava. Mas o resgate, inexplicavelmente, não veio. Por 48 horas, Juliana permaneceu sozinha, exposta ao frio cortante da madrugada e ao calor escaldante do dia. Sem água. Sem comida. Sem abrigo. E o pior: sem respostas.

O relógio correu. A ajuda, não.

Enquanto amigos e familiares no Brasil mobilizavam redes sociais em desespero, a sensação era de impotência. A resposta oficial da Indonésia foi lenta, burocrática e, segundo relatos, marcada por contradições. Foi preciso pressão diplomática do governo brasileiro e uma onda de mobilização internacional para que o resgate finalmente começasse.

Quando o fizeram, já era tarde demais.

Na manhã da terça-feira, 24 de junho, drones captaram imagens do corpo de Juliana, imóvel, na encosta. Voluntários — não as autoridades — conseguiram alcançá-la. A confirmação veio como uma punhalada: ela estava morta.

“Com imensa tristeza informamos que ela não resistiu”, disse sua irmã, Mariana Marins, em um post emocionado nas redes.

“Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”

Mas a gratidão logo se transformou em indignação.

“Juliana estava viva. O que a matou foi o abandono.”

As redes sociais explodiram. E com razão. Postagens viralizaram com detalhes de cortar o coração: Juliana ainda se movia no terceiro dia após a queda.

Estava a menos de 400 metros de distância de pontos de fácil acesso. Vários vídeos mostraram equipes de resgate desorganizadas, algumas sentadas, fumando, enquanto a brasileira agonizava sem socorro.

Uma das postagens mais compartilhadas dizia:

“Juliana estava ao alcance dos olhos.

Faltou apenas tratá-la como prioridade. Ela não morreu pela queda. Morreu pela negligência.”

O perfil “Africanize”, no X (antigo Twitter), resumiu o sentimento de milhares:

“A falta de mobilização imediata foi um dos principais agravantes. Juliana foi vista, se mexia. O que foi relatado pelos alpinistas escancara um cenário de descaso e indiferença com a vida humana.

A narrativa que se forma não é apenas de luto, mas de revolta internacional. Milhares pedem explicações ao governo indonésio. Querem investigações. Querem respostas. E sobretudo, querem justiça para Juliana.

O silêncio que grita

Nos dias que se seguiram à confirmação da morte, a comoção deu lugar a protestos virtuais.

Brasileiros e estrangeiros cobraram das autoridades indonésias algo que não se pode mais dar a Juliana: uma chance. Uma chance de sobreviver, de ser resgatada a tempo, de voltar para casa.

Ela era jovem, cheia de sonhos, com uma vida inteira pela frente. E sua morte escancarou algo mais profundo: a vida de um turista pode ser tratada como um número, um problema logístico, uma inconveniência geográfica.

No fim, Juliana não morreu apenas pela queda. Ela morreu pela espera. Pela lentidão. Pelo desprezo. E agora, sua história ecoa pelo mundo como um lembrete doloroso: cada minuto conta quando se trata de salvar uma vida.

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