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URGENTE: Homem invade escola no Paraná, e morte acaba sendo confirmada, el… Ver mais

Silêncio quebrado por passos suspeitos

Era madrugada de terça-feira, 17 de junho, quando o silêncio habitual da região próxima ao Colégio Estadual Cívico-Militar Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais — cidade da Região Metropolitana de Curitiba — foi interrompido por passos furtivos e uma movimentação estranha.

Poucos perceberam. Mas um deles, um policial militar que mora nos arredores, notou algo errado.

O instinto, apurado pela farda e pelos anos de serviço, falou mais alto: algo estava acontecendo ali. E ele decidiu investigar.

O reencontro com um velho conhecido

O agente se aproximou da escola, já familiar com episódios recentes de vandalismo. Dias antes, o local havia sido alvo de crimes noturnos. Torneiras foram furtadas — peças aparentemente simples, mas com valor considerável — e o estrago foi grande.

Uma delas, avaliada em cerca de R$ 200, desapareceu sem deixar pistas. No amanhecer de um desses ataques, a cena era desoladora: a escola estava completamente alagada.

A Polícia Militar já suspeitava de um homem, conhecido por passagens anteriores por furto e roubo.

Um rosto reincidente, que agora retornava à cena do crime.

A tensão explode: confronto dentro da escola

Conforme a PM, ao perceber a aproximação do policial, o suspeito tentou se esconder dentro de um banheiro. Mas ali, em um espaço apertado, escuro e sem rota de fuga, a tensão atingiu seu ápice.

Segundo o relato oficial, o homem sacou uma arma e atirou. O policial, mesmo de folga, reagiu com rapidez.

Os tiros ecoaram dentro das paredes da escola, que deveria estar vazia e segura naquela madrugada. Um disparo certeiro encerrou o confronto. O invasor caiu.

O socorro foi chamado, mas já era tarde. O homem morreu no local, com a arma que usou apreendida ao seu lado. Seu nome não foi divulgado, mas sua ficha criminal e os registros de envolvimento com crimes semelhantes agora fazem parte do inquérito que será conduzido pela Polícia Militar.

Investigação e consequências

O caso, que chocou moradores da região, levou a corporação a instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os detalhes do ocorrido. Ainda que o policial estivesse fora do serviço, o confronto com um homem armado em uma instituição pública levanta discussões sobre segurança, preparo e os limites da ação fora do expediente.

O tenente Vinícius Almeida, da PM, confirmou que o suspeito já havia invadido o colégio outras vezes. “Ele causou prejuízos significativos à escola. Os furtos, aparentemente pequenos, deixaram o colégio vulnerável, com vazamentos e salas inutilizadas. Era uma situação que preocupava toda a comunidade escolar”, afirmou o tenente.

Aulas suspensas, medo presente

Após o confronto, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) decidiu suspender as aulas no colégio. Com cerca de 720 alunos matriculados, o ambiente escolar precisará de reparos e, sobretudo, de tempo para se recuperar psicologicamente do impacto da madrugada violenta.

A previsão é de que as atividades escolares sejam retomadas na próxima segunda-feira, dia 23.

Enquanto isso, o Núcleo Regional de Educação (NRE) está prestando apoio à equipe pedagógica e aos funcionários da instituição.

Em nota, o NRE lamentou o ocorrido e reforçou o compromisso com a segurança de alunos, professores e servidores.

A comunidade escolar, por sua vez, segue em estado de alerta — buscando entender como episódios como esse, dignos de enredo policial, têm se tornado uma realidade cada vez mais presente nas instituições públicas do país.

Um sintoma de algo maior?

O caso em São José dos Pinhais levanta questões profundas: como garantir a segurança em ambientes educacionais? O que leva alguém a retornar, repetidamente, ao mesmo local para cometer crimes? E até que ponto a presença armada de agentes, mesmo fora do serviço, é uma linha tênue entre o caos e o controle?

Enquanto a investigação corre e os corredores da escola são limpos dos traços físicos da violência, as marcas invisíveis — aquelas deixadas pela sensação de insegurança — prometem durar bem mais.

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