Em decisão inédita, papa Leão XIV transforma diocese paulista na primeira arquidiocese de seu pontificado
Uma mudança silenciosa, mas histórica, acaba de redefinir o mapa da fé católica no Brasil. Em um anúncio carregado de simbolismo e significado, o Vaticano confirmou nesta quinta-feira (22) a elevação da Diocese de São José do Rio Preto à condição de arquidiocese metropolitana — a primeira criada no mundo sob o recém-iniciado pontificado do papa Leão XIV.
A decisão, revelada por meio de um boletim oficial da Santa Sé, pegou muitos de surpresa e marca um dos primeiros atos do novo líder da Igreja Católica, eleito há poucos dias, em 8 de maio. O gesto não apenas sinaliza a atenção especial do pontífice ao interior do Brasil, como também encerra uma espera que já durava mais de uma década.
Ao centro dessa transformação está Dom Antônio Emídio Vilar, até então bispo de Rio Preto, agora nomeado o primeiro arcebispo metropolitano da nova arquidiocese. Ele celebrou a conquista com entusiasmo — um marco que começou a ser traçado ainda em 2010, sob o papado de Francisco, e que agora ganha forma sob o comando de Leão XIV.
Mas a mudança vai além dos títulos. A nova arquidiocese assume a liderança espiritual sobre as dioceses de Barretos, Catanduva, Jales e Votuporanga, todas localizadas no coração do noroeste paulista. E o próximo capítulo dessa história já tem data marcada: no dia 9 de julho, a Catedral de São José será palco da missa de instalação oficial, que promete atrair atenção nacional.
Antes disso, no entanto, um momento decisivo: no dia 29 de junho, Dom Vilar embarca rumo ao Vaticano, onde, na imponente Basílica de São Pedro, receberá das mãos do papa o pálio — insígnia de lã que representa o pastoreio e a autoridade do arcebispo. Será a primeira vez que Leão XIV participará desse rito com novos arcebispos.
O pálio será usado pela primeira vez diante dos fiéis na cerimônia de instalação em julho — um gesto que deve consolidar São José do Rio Preto como novo polo de peregrinação e fé. Com a elevação da diocese, a cidade se vê diante de uma virada inesperada: tornar-se, de fato, uma nova capital espiritual do interior brasileiro.
