Mɒrre Nana Caymmi aos 84 anos, causa da mɒrte choca a todos, ela tinha A… Ver mais

A música popular brasileira perdeu uma de suas vozes mais marcantes nesta quinta-feira, 1º de maio. A cantora Nana Caymmi, de 84 anos, faleceu no Rio de Janeiro, deixando um legado de interpretações emocionantes e uma trajetória sólida na MPB. A informação foi confirmada pelo jornal .
Nana estava internada desde agosto de 2024 na Clínica São José, em Botafogo, Zona Sul do Rio, para tratar de uma condição de saúde delicada.
A situação clínica de Nana já era considerada grave nos últimos meses, e ela chegou a passar o aniversário de 84 anos, comemorado em 29 de abril, hospitalizada.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana foi filha de dois ícones da música brasileira: o compositor Dorival Caymmi e a cantora Stella Maris. Cresceu em um ambiente profundamente musical, o que naturalmente a conduziu para o universo artístico.
Sua estreia profissional aconteceu em 1960, com a gravação da canção “Acalanto”, composta por seu pai especialmente para ela.
Com uma voz grave, melancólica e extremamente expressiva, Nana construiu uma carreira pautada por interpretações sofisticadas e intensas.
Seu estilo único e emocional a destacou como uma das grandes intérpretes da música brasileira, transitando com elegância por diferentes gêneros e épocas.
O auge de sua popularidade veio nos anos 1990, quando lançou álbuns que marcaram época, como “Bolero” (1993) e “Resposta ao Tempo” (1998). Este último rendeu à cantora seu primeiro Disco de Ouro, ao ultrapassar a marca de 100 mil cópias vendidas — um feito notável, sobretudo para um repertório mais voltado à música de câmara e aos boleros.
A voz de Nana também conquistou o público da televisão, participando de trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, como “Hilda Furacão” e “Suave Veneno”, o que ajudou a consolidar ainda mais sua presença no imaginário popular.
Ao longo de sua carreira, Nana lançou diversos álbuns de destaque, como “A Noite do Meu Bem” (1994), em homenagem à compositora Dolores Duran, e “Caymmi” (2013), gravado em parceria com seus irmãos
Dori e Danilo Caymmi, celebrando o centenário do pai. A obra reforçou os laços musicais e afetivos de uma das famílias mais importantes da história da música brasileira.
Mesmo diante de críticas ou da resistência ao mercado mais comercial, Nana sempre se manteve fiel ao seu estilo.
Era conhecida por sua personalidade forte, seu rigor artístico e seu compromisso com a música de qualidade.
A morte de Nana Caymmi representa não apenas o fim de uma era, mas também a perda de uma artista que soube transformar dor, amor e saudade em música. Seu legado permanece vivo nas canções, nas interpretações e na memória afetiva de gerações de brasileiros.