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‘Roubaram o meu pai’, filho mais velho de Renato Aragão faz forte relato sobre o humorista

O icônico humorista brasileiro Renato Aragão, conhecido nacionalmente como Didi dos Trapalhões, celebrou seu nonagésimo aniversário em meio a revelações tocantes sobre sua vida familiar. Em uma homenagem especial transmitida pela televisão, seu filho mais velho, Paulo Aragão, compartilhou memórias íntimas que revelam um lado menos conhecido do artista.

Antes da fama transformar Renato Aragão em um dos maiores nomes do entretenimento brasileiro, existia o tímido Antônio Renato, um homem reservado que se transformava completamente quando entrava em cena.

Essa dualidade marcante entre o pai de família introvertido e o artista carismático sempre intrigou aqueles que conviviam com ele. A história do humorista tem raízes profundas em Sobral, no Ceará, onde sua paixão pelo cinema começou a florescer.

Durante sua juventude, aproveitava o privilégio de ter um tio proprietário de cinema para assistir repetidamente aos filmes de seus ídolos, Charlie Chaplin e Oscarito, numa demonstração precoce de sua vocação artística.

O talento para o humor parece ter sido uma herança familiar, tendo sua origem em Dona Dinorá, mãe do comediante. Conhecida por sua personalidade alegre, ela compartilhava com o filho a mesma característica que mais tarde se tornaria sua marca registrada: a capacidade de fazer as pessoas rirem, mesmo que involuntariamente.

A vida familiar de Renato Aragão é marcada por cinco filhos de duas uniões diferentes. Do primeiro casamento com Marta Rangel, nasceram Paulo, Ricardo, Renato Júnior e Juliana. Posteriormente, seu casamento com Lilian trouxe ao mundo Lívian, completando assim sua numerosa família.

Com o crescimento da fama, a rotina familiar passou por transformações significativas. As segundas-feiras tornaram-se momentos especialmente preciosos, quando o artista dedicava seu tempo livre para estar com os filhos, criando rituais únicos que incluíam a preparação de guloseimas caseiras e sessões de cinema em família.

O sucesso profissional, embora tenha trazido reconhecimento nacional, também impôs seus desafios à dinâmica familiar. Como relatou Paulo: “Roubaram o meu pai (risos). O sucesso era muito grande, então a gente não via o meu pai. Mas tinha um dia, segunda-feira, que ele tinha folga pra escrever.”

Estes momentos de convivência, ainda que limitados pela agenda intensa do artista, transformavam-se em ocasiões memoráveis. As noites de cinema em família, acompanhadas por picolés de abacate ou laranjas descascadas com carinho pelo pai, permanecem como lembranças preciosas que Paulo Aragão guarda até hoje, demonstrando como mesmo em meio à fama, Renato Aragão nunca perdeu sua essência como pai dedicado.

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