VIDEO: Corpo de André Cuneo Sagaz desaparecido há 8 dia foi encontrado todo e…Ver mais
Poucas situações despertam tanta angústia quanto o desaparecimento de alguém amado. A incerteza sobre o paradeiro, as horas que parecem nunca terminar e a esperança que insiste em permanecer criam um turbilhão de sentimentos que consome familiares e amigos. Cada ligação não atendida, cada pista que surge e se desfaz, amplia a sensação de impotência diante do desconhecido.
Foi nesse cenário de medo e expectativa que a família de André Cuneo Sagaz, de 28 anos, viveu durante mais de uma semana. O jovem havia desaparecido no dia 24 de setembro, em Florianópolis, e só foi encontrado na manhã desta sexta-feira, 3 de outubro, já sem vida, na praia da Barra da Lagoa, localizada no Leste da Ilha.
O caso mobilizou moradores, autoridades e milhares de pessoas nas redes sociais.
Segundo relatos, André tinha comentado que se encontraria com um amigo em uma pousada, mas depois desse momento não deu mais notícias. O silêncio aumentou a preocupação, levando parentes a iniciarem uma corrente de buscas que logo ganhou proporções maiores.
Voluntários se uniram, cartazes foram espalhados e grupos virtuais se organizaram em torno do nome de André. A cidade inteira parecia atenta a qualquer informação que pudesse indicar seu paradeiro.
A família, em especial, mantinha firme a esperança. Em uma das publicações mais compartilhadas, o pai escreveu que todos permaneciam “com esperança em busca do companheiro”.
A frase, carregada de afeto, emocionou quem acompanhava o caso e simbolizou a força de uma rede que acreditava em um desfecho positivo.
Enquanto isso, imagens de câmeras de segurança ajudaram a reconstituir os últimos momentos em que André foi visto. Em uma das gravações, feitas durante a madrugada, ele aparece caminhando sozinho pela Barra da Lagoa, vestindo roupas escuras.
Algumas horas depois, já com o dia claro, outra câmera o registra passando por uma calçada, aparentemente calmo. Esses registros ampliaram o mistério, pois não revelavam nenhuma situação de conflito ou perigo iminente.
A confirmação do encontro do corpo, nove dias após o desaparecimento, encerrou uma busca intensa que envolveu equipes do Corpo de Bombeiros, além de dezenas de moradores da região.
As operações se estenderam por trilhas, dunas e praias, num esforço coletivo marcado pela solidariedade. Embora o desfecho tenha sido doloroso, o empenho de tantos voluntários evidenciou a força da comunidade diante de uma tragédia.
Agora, familiares e amigos enfrentam a difícil tarefa de lidar com a despedida.
Entre lágrimas e lembranças, tentam preservar as memórias do jovem, que deixa marcas de afeto em todos que conviveram com ele. A comoção ultrapassa os laços de sangue, atingindo uma cidade inteira que acompanhou cada etapa das buscas.
Com a partida de André Cuneo Sagaz, Florianópolis testemunha mais uma vez como o desaparecimento de uma pessoa é capaz de unir desconhecidos em torno de um mesmo objetivo.
Entre a dor da perda e o vazio que fica, permanece também o legado de solidariedade que mostrou como, mesmo diante do luto, a coletividade pode oferecer consolo e amparo.
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