Após matar marido, Médica é encontrada sem vida em sua cela, esq..Ver mais

O caso envolvendo a médica Danielle Barreto ganhou um desfecho trágico nesta terça-feira, 9 de setembro, na Grande Aracaju. Após anos de investigações, polêmicas judiciais e decisões contraditórias, a acusada de mandar matar o marido, o advogado Lael de Souza Rodrigues, foi encontrada morta no Presídio Feminino (Prefem), poucas horas depois de dar entrada na unidade.
O episódio gerou comoção e levantou ainda mais questionamentos sobre o destino de uma das figuras mais polêmicas da crônica policial recente em Sergipe.
De acordo com informações da imprensa local e da polícia, o corpo de Danielle foi localizado por volta das 16h20, menos de um dia após ela ser transferida.
A médica havia retornado ao regime fechado em cumprimento a uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou a prisão domiciliar concedida anteriormente. A determinação do órgão superior marcou um ponto decisivo no caso, mas também antecedeu diretamente a morte inesperada.
Danielle era considerada a principal suspeita de planejar o assassinato do marido, ocorrido em 18 de outubro de 2024. Os dois eram casados havia mais de dez anos, mas enfrentavam uma relação turbulenta. Investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apontaram o envolvimento da médica e de outros três acusados na execução do crime.
A versão trabalhada pelas autoridades indicava que motivações como desavenças familiares, disputa patrimonial e até a descoberta de um relacionamento extraconjugal poderiam ter levado à trama criminosa.
Enquanto aguardava julgamento, Danielle vinha cumprindo prisão domiciliar. A medida, porém, foi revista pelo STF, que ordenou seu retorno imediato ao sistema prisional.
Assim, poucas horas após sua chegada ao presídio, ocorreu o episódio que marcou o desfecho da trajetória da médica. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada, o que adiciona mais uma camada de mistério a uma história já envolta em polêmicas e contradições.
A notícia de sua morte provocou reações diversas.
Para alguns, representou um fim abrupto para uma mulher acusada de um crime brutal contra o próprio marido. Para outros, levantou dúvidas sobre as condições do sistema prisional e sobre como uma pessoa sob custódia estatal pode vir a falecer em circunstâncias pouco esclarecidas.
Enquanto isso, a família e os amigos de Danielle se preparam para a despedida. O velório foi marcado para a tarde desta quarta-feira, 10 de setembro, no Cemitério Park La Pace, em Nossa Senhora do Socorro, município vizinho à capital. Apesar das acusações, pessoas próximas relataram a dor diante da perda e destacaram que ela ainda não havia sido condenada de forma definitiva pela Justiça.
O caso continua sob investigação, e o laudo pericial deve indicar as causas exatas da morte. Entre acusações, segredos e reviravoltas judiciais, a história de Danielle Barreto se encerra de forma inesperada, deixando marcas profundas na memória da sociedade sergipana.