Andar de bicicleta em rodovias é uma prática que requer extrema atenção e responsabilidade de todos os envolvidos no trânsito. Para os ciclistas, o uso de equipamentos de segurança, a escolha de roupas adequadas com sinalização refletiva, o respeito às regras e a preferência por horários de menor movimento podem reduzir significativamente os riscos.
Já para os motoristas, a responsabilidade é ainda maior: manter distância segura, reduzir a velocidade ao se aproximar de quem pedala e respeitar o espaço destinado às bicicletas não é apenas uma regra de trânsito, mas uma questão de humanidade. Uma pequena distração ou um ato de imprudência pode mudar vidas para sempre, como infelizmente ocorreu no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Na manhã de quinta-feira, 14 de agosto, por volta das 10h36, Mônica Gabriela Veronezi Becker, de apenas 12 anos, foi atropelada por um carro enquanto pedalava na SC-112, em Agrolândia. O impacto foi violento, e a jovem, mesmo recebendo socorro imediato, não resistiu às gravíssimas lesões.
Levantada rapidamente ao Hospital de Agrolândia, apresentava traumatismo cranioencefálico severo e múltiplas contusões, mas, apesar dos esforços da equipe médica, sua vida foi interrompida de forma precoce e trágica.
A notícia da morte abalou profundamente a comunidade local. Mônica era aluna da Escola de Educação Básica Pedro Américo e era lembrada por professores e colegas como uma menina calma, dedicada, respeitosa e sempre sorridente.
Seu carisma natural conquistava facilmente a todos, e seu comportamento exemplar fazia dela uma inspiração para amigos e colegas de sala.
A instituição de ensino, consternada, publicou uma nota de pesar nas redes sociais, destacando o amor que Mônica tinha pelo aprendizado e sua postura de bondade, gentileza e respeito.
A mensagem ressaltou ainda que sua ausência deixará uma lacuna irreparável na rotina escolar, mas que sua memória permanecerá como exemplo de doçura e dedicação.
Nas redes sociais, familiares e amigos também se manifestaram. A mãe da menina escreveu palavras emocionadas de despedida: “Vai com Deus, minha estrelinha”, acompanhadas de fotos da filha.
A simplicidade da frase carregava a imensidão da dor de uma perda irreparável. Muitos se solidarizaram com a família, enviando mensagens de apoio e oração diante do sofrimento inimaginável.
O velório de Mônica acontece na Capela Mortuária do Cemitério de Bocaina do Sul, reunindo familiares, amigos e colegas que desejam prestar a última homenagem.
O sepultamento está marcado para esta sexta-feira, 15 de agosto, no Cemitério Municipal, em um momento que certamente será de comoção coletiva.
A tragédia envolvendo Mônica deixa um alerta importante para toda a sociedade: a convivência segura entre ciclistas e veículos é um compromisso que depende de empatia, responsabilidade e consciência mútua.
Cada vida que circula pelas estradas merece proteção, cuidado e respeito. A perda de uma criança de apenas 12 anos revela o quanto ainda é urgente fortalecer a educação no trânsito e cultivar a sensibilidade de que atrás de cada bicicleta, cada carro ou cada motocicleta, existe sempre uma vida preciosa.
Para aqueles que conheceram Mônica, sua bondade, alegria e leveza permanecerão como um farol que jamais se apaga, iluminando lembranças e corações para sempre.
