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Casos de violência doméstica que resultam em mortes continuam a chocar e mobilizar a sociedade, revelando a urgência de políticas preventivas mais eficazes e mecanismos de proteção que realmente salvem vidas. O feminicídio ainda se apresenta como um grave problema no Brasil, atravessando diferentes classes sociais e regiões, deixando famílias e comunidades inteiras devastadas.

Em Maravilha, no Oeste de Santa Catarina, o amanhecer de quinta-feira, 14 de agosto, foi marcado pelo luto coletivo após a morte brutal da professora Andreia Sotoriva, de 39 anos. Ela foi assassinada na noite anterior, vítima de um ataque cometido por seu ex-companheiro, que, segundo informações preliminares, não aceitava o término do relacionamento.

Testemunhas relataram que Andreia estava em uma loja de amigos, local onde costumava se sentir segura. Ela havia ido até lá para mostrar uma roupa recém-comprada, em um momento que deveria ser de descontração e alegria. Porém, a tranquilidade foi interrompida de forma abrupta. O homem entrou no estabelecimento sem cumprimentar ninguém, com a mão escondida no interior do casaco.

Sem trocar palavras, sacou uma arma e disparou contra ela duas ou três vezes, conforme relatou o proprietário da loja.

A vítima caiu atrás do balcão, gravemente ferida, enquanto o dono do comércio e sua esposa conseguiram se abrigar. Logo após o ataque, o agressor, de 39 anos, tentou tirar a própria vida.

Ele foi socorrido em estado crítico, entubado e com previsão de transferência para um hospital de maior porte, em Chapecó.

De acordo com amigos próximos, Andreia vivia um período de reconstrução. Preparava-se para mudar para um novo apartamento, retomando a rotina com esperança e otimismo.

No entanto, essa tentativa de recomeço era constantemente ameaçada pela presença insistente do ex-companheiro, que a perseguia, aparecia de forma inesperada nos mesmos lugares e monitorava seus passos.

O caso foi atendido por equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica, sendo registrado como feminicídio.

As autoridades ressaltaram que a história de Andreia evidencia a importância de denúncias imediatas em situações de perseguição, ameaças e agressões. Muitos sinais prévios de risco já estavam presentes, e a falta de intervenção rápida acabou permitindo que o crime se consumasse.

Especialistas reforçam que, além de medidas protetivas formais, como ordens judiciais, é imprescindível fortalecer campanhas de conscientização e ampliar canais de acolhimento para as vítimas. É necessário que mulheres em situação de risco tenham acesso rápido a apoio psicológico, jurídico e social, de modo a romper ciclos de violência antes que eles atinjam o ponto irreversível.

Andreia Sotoriva será lembrada por seu carinho, sua dedicação à educação e pelo impacto positivo que deixou na vida de seus alunos e colegas. Agora, sua memória também se torna símbolo de uma luta contínua contra a violência de gênero, que ainda vitima milhares de mulheres todos os anos no país. Sua história serve de alerta e reforça a necessidade de mudanças urgentes para que tragédias assim deixem de acontecer.

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