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IML interrompe v£lório e leva corp0 de homem após descobrir que ele tinha p… Ver mais

Na noite do último domingo, 18 de maio, um velório realizado em Borrazópolis, no norte do Paraná, foi interrompido de forma inesperada. Durante a cerimônia de despedida de Luiz Carlos Izabel, agentes do Instituto Médico Legal (IML) chegaram ao local para recolher o corpo, causando surpresa e comoção entre familiares e amigos.

A intervenção aconteceu porque a legislação brasileira exige a realização de necropsia sempre que a morte ocorre por causas não naturais. Luiz Carlos, figura bastante conhecida na comunidade, havia falecido após um trágico acidente de trabalho: a laje de uma obra desabou, e ele foi atingido por escombros, vindo a óbito em decorrência dos ferimentos.

Inicialmente, como não havia viaturas disponíveis para fazer o transporte imediato do corpo até o IML, as autoridades liberaram o cadáver para que a família pudesse iniciar o velório. A cerimônia começou com a presença de familiares, amigos e colegas de trabalho, que se reuniram para prestar homenagens ao trabalhador.

No entanto, no meio da noite, agentes da Polícia Científica compareceram ao local e comunicaram a necessidade de interromper o velório para recolher o corpo e realizar os exames periciais obrigatórios.

A notícia pegou todos de surpresa e gerou desconforto entre os presentes. A despedida teve que ser suspensa temporariamente, e o corpo de Luiz Carlos foi levado ao IML para os procedimentos legais.

A equipe responsável pelo caso se manifestou explicando que, em situações de morte acidental, é fundamental apurar as circunstâncias com precisão e garantir o cumprimento da legislação vigente. Segundo os profissionais, a necropsia fornece dados essenciais para a investigação e pode esclarecer responsabilidades em acidentes de trabalho.

Luiz Carlos havia sido socorrido por moradores que estavam próximos ao local do acidente. Ao presenciar o desabamento, eles agiram rapidamente, o libertaram dos destroços e o encaminharam a uma unidade de saúde. Apesar do esforço da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e teve sua morte confirmada por laudo médico.

Como o IML não conseguiu recolher o corpo de imediato, ele ficou temporariamente sob os cuidados da família, o que permitiu o início do velório.

Na manhã da segunda-feira, 19 de maio, após a conclusão dos exames de necropsia, o corpo de Luiz Carlos foi liberado e retornou a Borrazópolis.

A cerimônia de despedida foi retomada, e os familiares puderam, enfim, realizar o sepultamento.

O episódio evidenciou os desafios enfrentados por pequenas comunidades diante de protocolos legais rígidos e da limitação de recursos logísticos. Apesar do transtorno, a família de Luiz Carlos expressou compreensão diante da necessidade do procedimento, destacando que o mais importante foi poder dar o último adeus com dignidade ao ente querido.

O caso também reforça a importância da apuração cuidadosa em acidentes de trabalho e do apoio às vítimas e seus familiares nesses momentos de dor.

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