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De cortar o coração: Desabafo do pai de jovem que foi morta em ataque do ex-namorado em BH comove: ‘Eu não consegui proteger ’

O crime aconteceu em plena luz do dia em uma das avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte.

O assassinato de Vitória Alves Silva, ocorrido na última quarta-feira (7) , na região da Pampulha, um dos pontos turísticos da  cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, deixou uma profunda marca de dor em sua família, especialmente em seu pai, o músico Renato Xisto.

No dia em que a Lei Maria da Penha completou 18 anos, a jovem de 22 anos foi brutalmente assassinada a facadas por seu ex-namorado, Wallef César Oliveira Gonçalves, de 27 anos.

A tragédia sublinha a urgência e importância das medidas de proteção às mulheres, foco central da lei que busca prevenir a violência de gênero no Brasil. Imagens de segurança, que capturaram o momento fatal, mostram Vitória e Wallef conversando na calçada.

Durante o encontro, o agressor revelou uma faca e desferiu vários golpes contra Vitória, que tentava se defender. Após o crime, Wallef fugiu de moto e tentou se esconder no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas foi rapidamente localizado e preso pela polícia.

Vitória chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. O pai da jovem, Renato Xisto, expressou sua consternação e dor em uma entrevista concedida à TV Globo em frente ao Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquete, no bairro Nova Gameleira.

Ele estava visivelmente abalado pela perda da filha e fez um desabafo comovente:

“De uma forma muito covarde [ela foi assassinada]. Eu não consegui proteger a minha filha diante dessa brutalidade toda que o mundo tem sofrido, essa impunidade, essa sensação de incapacidade de não poder fazer nada diante de uma situação que eu não pude proteger ela”, disse Xisto completamente desolado

Emocionado, Xisto, pediu que a justiça seja feita e que o algoz de Vitória não fique impune, o pai dilacerado pela dor, trouxe um detalhe horrendo sobre a maneira que a jovem foi morta. Segundo xisto, a filha voltava para casa, após um dia de trabalho, quando foi abordada pelo assassino.

“Cortaram a garganta da minha filha. Ele premeditou tudo”, disse. Este caso, infelizmente, destaca os desafios contínuos no combate à violência contra as mulheres, apesar dos avanços significativos desde a criação da Lei Maria da Penha.

A legislação foi um marco na defesa dos direitos femininos, estabelecendo medidas protetivas de urgência e criando mecanismos legais para punir os agressores. No entanto, tragédias como a de Vitória Alves Silva mostram que ainda há um longo caminho a percorrer.

O assassinato de Vitória não apenas reforça a necessidade de efetivar plenamente as proteções legais para mulheres, mas também chama a atenção para a importância de uma educação que promova o respeito e a igualdade de gênero desde cedo.  Apenas com um esforço conjunto da sociedade e do Estado será possível criar um ambiente seguro e justo para todas as mulheres.

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